Entrevistas
Confira nossa entrevista especial com o convidado da Global Intel Brasil
Bem-vindo à nossa série de entrevistas da Perinity!
Aqui, destacamos líderes e especialistas do mercado, compartilhando suas experiências e insights sobre governança, risco e conformidade. Cada entrevista oferece uma visão aprofundada dos desafios e sucessos nas diversas indústrias, ajudando você a entender melhor o cenário atual e as melhores práticas. Acompanhe nossas conversas para se inspirar e aprender com os principais nomes do setor.
Ricardo Giovenardi
Mestrando em Criminalística / Crisis Management, Business Continuity, Risk, Emergency and Security | Brazilian Army Veteran
Ricardo. Você mencionou que começou a lecionar na universidade onde estudou. Como foi essa experiência?
Foi muito gratificante voltar como professor à universidade onde me formei. É uma sensação única poder retribuir o que recebi, ensinando e ajudando a formar novos profissionais. Sempre digo que queremos criar cursos que gostaríamos de ter feito, e essa filosofia guia meu trabalho na educação.
Com mais de vinte anos de experiência, o que mudou na forma de lidar com gestão de crises e segurança desde o início da sua carreira?
Embora haja mais conscientização hoje, ainda estamos em um processo de evolução. Antigamente, a continuidade de negócios era restrita à área de TI. Hoje, vemos uma preocupação maior devido à frequência crescente de eventos críticos. No entanto, ainda falta maturidade, especialmente na conscientização das altas direções. A gestão de crises não é apenas um plano de contingência, mas envolve a preparação de pessoas para lidar com adversidades reais.
Você mencionou a importância de testes e simulados. Qual a diferença entre um teste bem feito e a realidade de uma crise?
Testes são essenciais, mas não garantem que tudo dará certo na crise real. É crucial incluir elementos adversos nos simulados para treinar adequadamente as equipes. A leitura comportamental durante esses testes é fundamental. Muitas vezes, o relatório de um teste pode ser a diferença entre sucesso e fracasso na hora da verdade.
E sobre a influência da tecnologia na gestão de crises? Como ela evoluiu e como pode ser usada eficazmente?
A tecnologia é fundamental para uma resposta rápida e eficaz. No entanto, muitas empresas ainda confiam em planilhas e documentos impressos, que são insuficientes. É importante ter um sistema tecnológico robusto e atualizado, com planos de contingência bem implementados. Mas a tecnologia por si só não resolve tudo; é necessário treinamento contínuo e um entendimento claro de sua importância.
Você mencionou sua experiência internacional. Como o Brasil se compara a outros países em termos de maturidade na gestão de crises?
O Brasil possui boas práticas e tecnologias comparáveis às internacionais, mas ainda precisa evoluir em termos de maturidade comportamental e cultural. Profissionais de fora são mais diretos e pragmáticos, enquanto aqui ainda vemos muito ego e vaidade. Precisamos trabalhar para melhorar esses aspectos e adotar uma abordagem mais colaborativa e humilde na gestão de crises.
Você é autor de livros sobre gestão de crises. Conte-nos um pouco sobre suas obras e como elas podem ajudar os profissionais da área.
Tenho três livros publicados que abordam desde fundamentos de gestão de crises até a aplicação de tecnologia e inteligência estratégica. Meu objetivo foi tornar esses conhecimentos acessíveis e práticos, com linguagem simples e exemplos reais. Os livros estão disponíveis pela editora Autografia e em formato eletrônico, facilitando o acesso a todos.
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*LGPD – É a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, Lei nº 13.709/2018, é a legislação brasileira que regula as atividades de tratamento de dados pessoais e que também altera os artigos 7º e 16 do Marco Civil da Internet.
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