Entrevistas
Confira nossa entrevista especial com o convidado da Raízen
Bem-vindo à nossa série de entrevistas da Perinity!
Aqui, destacamos líderes e especialistas do mercado, compartilhando suas experiências e insights sobre governança, risco e conformidade. Cada entrevista oferece uma visão aprofundada dos desafios e sucessos nas diversas indústrias, ajudando você a entender melhor o cenário atual e as melhores práticas. Acompanhe nossas conversas para se inspirar e aprender com os principais nomes do setor.
Jorge Manoel Daltio Meneghelli
Gerente de Gestão de Riscos
Jorge, conte-nos como começou sua carreira e como chegou à gestão de riscos e controles internos.
Agradeço o convite da Perinity. Sou engenheiro mecânico de formação. Comecei minha carreira em uma metalúrgica no interior de Minas, fazendo análise de segurança operacional de máquinas. Depois, passei para inteligência de mercado na antiga Votorantim Siderurgia e, em seguida, para gestão de riscos na Votorantim Energia. Trabalhei também na BRF, Sesp e Auren, e agora estou na Raízen, há um mês, ainda conhecendo a operação.
Jorge, quais são as características principais que um gestor de riscos deve ter, tanto técnicas quanto de soft skills?
Primeiramente, entender o negócio é essencial. Precisamos procurar as pessoas certas e obter informações corretas. A engenharia me ajudou na resolução de problemas, delimitando escopos e identificando riscos. Em termos de soft skills, o relacionamento com as pessoas é crucial, pois precisamos da colaboração da primeira linha de atuação, que conhece os processos e riscos operacionais.
Como sua experiência com gestão de riscos ajuda na interface com comitês e conselhos de administração?
Cada comitê e conselho é único, formado por pessoas com diferentes formas de atuação. Nosso desafio é transformar detalhes operacionais em informações estratégicas, essenciais para a tomada de decisão. A gestão de riscos facilita essa comunicação ao identificar e priorizar riscos relevantes, alinhando-os às preocupações estratégicas dos conselhos.
Qual sua visão sobre a maturidade do mercado de riscos no Brasil, considerando diferentes setores e segmentos?
A maturidade varia entre setores. Auditoria interna e controles internos já são mais consolidados devido a requisitos regulatórios. A gestão de riscos, apesar de existir desde sempre, ainda precisa evoluir na padronização e tangibilização dos resultados. Precisamos desenvolver uma cultura de riscos alinhada à estratégia da companhia.
Qual sua experiência em prevenção de fraudes e perdas? Como a gestão de riscos pode contribuir nessa área?
Nunca atuei diretamente com prevenção de fraudes, mas a gestão de riscos deve dar suporte às áreas responsáveis, mostrando a gravidade e os impactos potenciais das fraudes. É fundamental proporcionar um ambiente para discutir esses temas, mobilizando a alta liderança para tomar ações preventivas.
Como a tecnologia impacta seu processo de gestão de riscos? Você já utiliza ferramentas de inteligência artificial ou machine learning?
Já trabalhei com ferramentas de BI para consolidar informações de gestão de riscos. A tecnologia deve suportar um processo maduro e bem estabelecido. Ainda vejo poucas áreas de risco utilizando inteligência artificial, mas há potencial para análises preditivas e uso de informações existentes em outras áreas da empresa.
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*LGPD – É a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, Lei nº 13.709/2018, é a legislação brasileira que regula as atividades de tratamento de dados pessoais e que também altera os artigos 7º e 16 do Marco Civil da Internet.
*DPO – Data Protection Officer garante, de forma independente, que uma organização aplica as leis que protegem os dados pessoais dos indivíduos. A designação, posição e tarefas de um DPO dentro de uma organização são descritas nos Artigos 37, 38 e 39 do Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia.